O mundo está passando por uma grave crise em razão da pandemia do COVID 19
O primeiro momento envolve a questão de saúde: salvar vidas. Essa responsabilidade aqui no nosso país é, primordialmente, do Setor Público e, mais especificamente, do SUS, tão criticado, mas que está na linha de frente com os Servidores a ele vinculados evitando que muitos morram em razão da doença. O Estado, através dos seus Servidores Públicos, demonstra sua importância para a sociedade.
Criou-se um falso discurso de que Servidor Público é a razão de todos os males da sociedade, porém é em momentos como este que percebemos o quanto são importantes. Os nossos heróis, profissionais de saúde, na sua maioria são servidores públicos.
Não acredite que Servidor Público é um mal, pois sem ele não haveria Estado e sem esse a sociedade seria o caos. Na realidade, a campanha contra o Servidor Público tem um objetivo muito claro que é o de enfraquecer o Estado. A crise da pandemia está nos mostrando o quanto é necessária a atuação do Estado para evitarmos o caos. Em uma sociedade tão desigual, o Estado tem o papel de manter uma política de redistribuição para prevenir o desastre social. Desse modo, a sociedade deve ser financiada por quem tem a capacidade econômica para tal e os gastos públicos devem se dar de forma eficiente e não de uma maneira única, mas de forma proporcional para os que mais precisam.
A sociedade contribui para o controle desta pandemia, cumprindo a orientação da OMS de exercer o isolamento social. Contudo, sabemos que esta medida causa impacto nas famílias e nas empresas, com reflexo direto na atividade econômica. Infelizmente, esta situação pode provocar o fechamento de muitas empresas, principalmente as de pequeno porte, bem como inviabilizar financeiramente profissionais autônomos, como as vendedoras de acarajé, os vendedores de picolé e tantos outros.
Novamente está nas mãos do Estado o enfrentamento a esse problema.
É fundamental que fique claro o papel de cada ente da federação nessa crise. A União deve gerar os recursos, através do endividamento, e financiar, temporariamente, Estados e Municípios e aqueles que estão impedidos de gerarem renda para sua sobrevivência. Os Estados e os Municípios, com repasse desses recursos da União, devem viabilizar o atendimento à saúde no combate à epidemia, bem como, dentro dos limites, políticas sociais e tributárias para possibilitar que o impacto sobre a economia e, consequentemente, na sociedade, seja o menor possível.
No entanto, é importante frisar, que a emissão de moeda e o endividamento do Setor Público terá que ser financiado pela sociedade, quando ocorrer a recuperação. O recurso público não surge de um passo de mágica, mas advém da própria sociedade, através de pagamento de tributos.
Mais uma vez, o Servidor Público tem papel fundamental, no caso, os Auditores Fiscais, que terão a obrigação de arrecadar o tributo da forma mais justa, evitando o possível aumento de carga tributária, e combatendo a sonegação fiscal. Se todos pagam, individualmente você pode pagar menos.
Na medida em que o Servidor Público exerce o seu papel para o bem da sociedade, cobrando de todos de forma eficiente, não haverá motivos para a sobrecarga tributária com a finalidade de pagar o déficit fiscal gerado na crise.
A SOCIEDADE PODE E DEVE COBRAR DO SERVIDOR PÚBLICO UM TRABALHO DE EXCELÊNCIA E NÃO SER CONTRA O SERVIDOR PÚBLICO, PEÇA CHAVE DE UMA SOCIEDADE ESTÁVEL E JUSTA.
COBRE DO SERVIDOR. NÃO SEJA CONTRA O SERVIDOR.